Querido blog Artifício Socialista,
estou feliz de escrever em você de novo. Nos últimos onze meses, ou quase isso, você me deu muitas alegrias, me deu força pra seguir adiante, pra aguentar momentos difíceis, pra aguentar a euforia de momentos deliciosos, me ligou a muita gente boa, ligou muita gente boa a mim, foi meu rosto, meu corpo, meu espaço de denúncia, de política, de confissões, de declarações, de produção, de registro, de construção de projetos e rumos. Estava morrendo de saudades, não está sendo fácil escrever em você. Internet não é uma coisa que eu ache em toda esquina, pendurada em árvores, coisa assim. E os últimos tempos foram difíceis, sendo que a marca dessa fase dura, foi que eu fiquei praticamente sem escrever aqui.
Ontem brinquei que, no último dia de novembro, agosto começou pra mim: tive minha primeira aula do semestre 2012/2. Tem um semestre letivo novo começando, gente nova no curso, gente antiga se reencontrando, e apesar de tudo o que foi difícil nesses oito meses do semestre passado, estou seguindo em frente. Tocando em frente, como diriam o Almir e o Renato. Apesar de tudo, o momento é de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo.
Não está fácil, é só uma melhora. Nada está resolvido e há muito ainda pra lutar. "So now we see the light, we gonna stand up for our rights!". Não esqueci as palavras do rei, então não baixo a guarda porque a luta não acabou.
Eu estou aprendendo muito sobre mim, e descobrindo que apesar de minhas fraquezas, sou melhor do que eu imaginava, não preciso ter medo de ser quem sou. Aprendendo a amar com sinceridade, e a odiar com sinceridade também. Me permitir à preguiça, mas não deixar de fazer o que tem que ser feito. Aprendendo a reconhecer a hora em que devo buscar ser o centro das atenções, e a hora em que devo sumir sem que ninguém perceba. Ser discreto, falar menos, falar na hora certa, pra que saibam que sempre que eu abrir a boca, é preciso escutar. Aprendi que quem fala demais pode até dar a sorte de falar muita coisa útil, mas sem dúvida alguma vai falar muita porcaria. E aprendi que eu não falo muito só porque eu sou descontrolado, e sim porque eu tenho muito a dizer. Aprendi que nem toda modéstia é falsa, e que nem toda vaidade é arrogante. Aprendi que sexo pede mais intimidade, carinho e vontade do que exclusividade, dominação e petulância. Aprendi que preciso de limites, tanto quanto de liberdade, e que só posso ser livre se souber lidar com meus limites. Entendi o que aquele babaca do Nietzsche falou, quando saquei que preciso criar meus limites pra conseguir garantir que ninguém imponha limites outros a mim.
Ainda não aprendi a enfrentar certos medos, e fico inventando boas desculpas para justificá-los, a alguns deles. Mas tô aprendendo isso também. Sou um aprendiz de feiticeiro. Junto com a Cássia e o Itamar. Estou de volta à guerra, mais lindo, mais forte e mais preciso. Até loguinho, blog Artifício Socialista!
beijinhos de maracujá!
Nossa Zé é incrivel como vc escreve super bem .....da pra sentir daqui .....como vc escreve com a alma e o coração .....=D
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