quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Por uma frente contra a repressão e por segurança democrática na UFES, JÁ!



Me assusta o nível profundo de repressão em que a UFES se afunda.

Pouco importa se você, que está lendo isso, concorda ou discorda com a luta do acampamento, ou com seus métodos, assim como de qualquer outro movimento. Quero chamar atenção para o fato de que uma sociedade que aceita a violação do direito de manifestação, está caminhando numa direção ameaçadora.

Primeiro chamam a Polícia Militar para desocupar o acampamento, que estava com barracas instaladas nas marquises da Biblioteca Central, sem nenhum dano ao patrimônio e sem nenhum prejuízo ao funcionamento da universidade. Não havia necessidade de polícia, ao meu ver sequer havia necessidade de desocupação. Me espanta porém que tenham deixado para efetuar a desocupação apenas no domingo. Já fazia uns dias que haviam pedido a desocupação e obtido resposta judicial, mas escolheram o domingo justamente para que não tivesse ninguém vendo.

Segundo, os manifestantes reinstalaram o acampamento em outro lugar da universidade, no prédio chamado Elefante Branco, perto do Centro de Ciências Humanas e Naturais, e na noite de terça-feira, madrugada de terça para quarta, a vigilância patrimonial DESTRÓI as barracas dos manifestantes, com a presença do Aníval Luiz, chefe de segurança da universidade, segundo relatos. Na madrugada? Por que não agir na luz do dia, com pessoas passando pelos corredores? Por que agredir manifestantes, por que destruir pertences dos mesmos? E desde quando é atribuição da vigilância patrimonial inibir manifestações políticas?

A permanência de Anival Luiz no seu cargo será interpretada como um sinal de Reinaldo Centoducatte e Cida Barreto de que eles assinam embaixo dessa política repressora. Eu não duvido disso, mas é preciso denunciar que eles encontraram na figura do chefe de segurança alguém que se dispôs a dar a sua cara para a repressão da UFES, blindando as imagens da reitoria. Por isso eu venho através deste post convidar todas e todos a pedirem a deposição de Anival Luiz do cargo de chefia da segurança da UFES.

Na verdade toda a política de segurança da nossa universidade precisa ser reinventada. Nossos laboratórios e nossas salas têm sido assaltadas, nossas festas têm sido prejudicadas por assaltos, estupros, espancamentos, e outras violências, e ao invés de incentivar ocupações planejadas do campus, iluminar adequadamente os ambientes, e atender a outras tantas reivindicações que temos feito há anos. Reinaldo prefere REPRIMIR, REPRIMIR, e REPRIMIR.


O que mais me assusta, porém, é ver pessoas se calando diante disso, como se não se tratasse de uma grave situação. Espero ouvir posições dos sindicatos de Técnicos e Docentes, do DCE, e dos Centros e Diretórios Acadêmicos. Qualquer posição de omissão neste momento é conivência com a política repressora, e gostaria de lembrar que recém saímos de uma greve, mas ainda temos muitas lutas a tocar. Se a corja de Reinaldo se sentir autorizada a fazer o que tem feito, vai fazer muito mais contra nós em breve. Não importa, insisto, não importa em NADA se discordamos ou concordamos de um determinado movimento político, ainda assim devemos ser intransigentes na defesa do direito deste movimento se expressar, por isso estou convidando todas e todos, inclusive o Centro Acadêmico do qual faço parte, pra organizar uma grande FRENTE CONTRA A REPRESSÃO NA UFES, e por segurança democrática, eficaz e de qualidade. Espero o contato de pessoas, coletivos, centros e diretórios acadêmicos e demais entidades que aceitem este convite.

Pela deposição de Aníval Luiz!!! NÃO À POLÍTICA REPRESSORA DE REINALDO E CIDA!!!

RESISTIR, a hora é agora!

beijinhos preocupados e indignados de maracujá!

2 comentários:

  1. O que significa um movimento de seis estudantes em um universo de quinze mil... acho que as medidas adotadas por esse pequeno grupo estão sendo incovenientes... o comunismo requer o diálogo com todos e a tomada decisões em coletivo. Por um movimento dialógico já.

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    1. Este coment tá meio perdido aqui, não? Será que o texto foi lido? E outra, eu ví muito mais que seis estudantes se manifestando, no acampamento...

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