terça-feira, 1 de maio de 2012

Para a Liberdade



Eu te quero comigo, e sei que você também me quer, mas você não se decide logo, e fica esperando que eu tome a iniciativa. Para de fazer charminho, liberdade! Para de esperar que eu faça todo o esforço na paquera, na aproximação. Não é suficiente olhar nos meus olhos com esse olhar encantador. Se você sabe que eu te quero, e se eu sei que você me quer, porque sou eu quem tem que fazer o exercício de tentar ser livre?

Por que é que você, liberdade, não pula no meu colo, não se joga nos meus braços, não para de se insinuar pra mim e não tenta me conquistar? Por que é que eu tenho que ser o macho alpha, e você a donzela no castelo, cinderela, bela adormecida, branca de neve, rapunzel? Liberdade, você está submissa demais, liberdade! Se nós nos amamos, por que é que nosso amor não pode ser livre? Por que é que tem que haver tanto machismo na nossa relação, tanto machismo no nosso jogo de sedução? Vamos lá, Liberdade! Não quero mandar em você, não quero ser seu dono! Sou seu homem, você minha mulher, e você me deve obediência e servidão? Não! Não quero estar nas ruas e te trancar dona de casa, Liberdade! Então não me obrigue a ser sozinho o ativo conquistador de nossa relação! Me impressione também! Te quero pra frente, atirada e incisiva como não apenas um homem pode ser! Te quero livre pra me querer!


Eu me entedio quando eu tenho que fazer tudo, sinto falta de piadas sacanas, de insinuações sexuais, de um romance menos puro. Me deixa ficar um pouquinho nesse posto da pureza, me põe contra a parede, me faz sair de cima do muro, e não fica apenas esperando que eu saia!

Você sabe o que eu quero, Liberdade! E o que eu quero é ser livre!


beijinhos de maracujá!

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