segunda-feira, 9 de julho de 2012

Como é que se racha?



Eu quero tirar você da minha vida. Você sempre me fez me sentir livre, mas agora eu quero me ver livre de você. Cansei desse teu delicioso aroma de liberdade, quero voar sem tuas asas. Com outras asas mais disponíveis, que batam com mais vigor, e que me levem também para onde eu queira, e não só por teus percursos.



Eu quero cantar, e quero alguém que me escute. Quero escutar cantos, por isso, quero alguém que cante. E você é um pássaro mudo, um pássaro insonoro. Eu quero cantar em duo, não cantar sozinho. Quero companhia para tecer algum tipo de ninho.

Você já é pessoa descartada, meu amor. Falta dizer isso para meu peito, que ainda quer ter ecos dos teus vôos. Mas tu não voas mais por aqui, e decidi não sofrer mais por isso. Vá... Seja livre. Vai ser melhor pra você, e mil vezes melhor pra mim!

Você já não ajudava mais, você só atrapalhava. Estou cansado de voar em vão. Vou em direção ao mar... Lá, tenho certeza de que terei um novo rumo. Não venha atrás de mim, não me faça querer voltar atrás. Me dê o direito de te apagar de dentro de mim. Morra nos meus sonhos e me faça morrer nos teus. Pra mim a nossa primavera acabou. Vou voando pelo outono, inventar outra estação.

Pra mim já chega. Boa noite, coração.

Até nunca mais.


beijinhos de maracujá!

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