terça-feira, 10 de abril de 2012

Nós somos um perigo adormecido!




Mas uma vez venho falar sobre um mesmo motivo: Nós somos um perigo adormecido!

Quando acordarmos perceberemos que nem precisávamos ter dormido tanto, que o sono não nos estava dando tanto descanso assim, que dos nossos sonos tiravam muito trabalho de nós!

É isso o que está acontecendo, camaradas, estamos trabalhando pros outros e pagando pra trabalhar. Recebendo uma mixaria por um trabalho que produziu milhões! Estamos sendo feitos de trouxas, e plaudindo quem nos fez de palhaço, como um circo às avessas! Mas quem nos faz trouxas? Não basta dizer que somos nós... Parece que não tem alguém que ganha com a nossa trouxisse, parece que não tem alguém que investe em nos palhacear, e que lucra com isso! Parece que a desigualdade econômica, que a desigualdade de direitos, parece que o sofrimento na vida concreta de milhões, é uma fantasia paranóica... Mas não é!

Saiamos do mundo dos sonhos, esse absurdo é verdade, toda essa sacanagem tá acontecendo! Estamos sim sofrendo! Estamos sim adoecendo no nosso trabalho, nos nossos estudos, nossos amores estão sim, sendo violentos e possessivos. Estamos sim querendo pisar até em quem amamos, pra crescer ao nível tão sonhado! Se nós estamos fabricando nossos próprios sonhos, não deixa de ser porque forjaram nosso planejar! E não forjamos sozinhos, quem é que tem a grana pra financiar esse forjar?

No meio de tudo isso, no meio de todas as microrrevoluções necessárias, tem uma luta de classes concreta acontecendo, e é muito confortável ignorar isso quando não se está passando fome, quando não se está desesperado, desempregado, quando não se está desestruturado num mundo que te cobra funcionário e não te dá sequer a grana pra xerocar um texto pra ler. O que eu não entendo é como alguém consegue ignorar isso tendo que pagar passagem, que bitolar em concursos, que fingir uma vida falsa, fingir amores falsos, aguentar humilhações, enfrentar vozes carregadas de ódio dizendo não para tudo a que nosso corpo diz sim.





Por isso que eu berro uma palavra de ordem! É GRAVE! É SÉRIO! É URGENTE! DESPERTAR O PERIGO QUE HÁ NA GENTE! Temos que despertar em nós a vontade de questionar, de interrogar o real ao nosso redor, de entender porque é que o munto está assim. Diante dos fatos, lançar as dúvidas, e diante do que sobra dessa luta, lançar ações concretas. Isso é a luta maior, é a luta por transformação! O perigo é que acordemos para o fato de que estão nos fazendo de trouxas! Marx falava que o exercício da crítica não retira flores falsas das cadeias para que os homens sofram o infeliz cinza da prisão! O exercício da crítica é pra que o homem questione a prisão, se torne livre (lute por sua liberdade) e possa enfim viver o belo das flores verdadeiras que aí irão brotar! Essa mitologia Marxiana de que brotarão flores é, nitidamente, uma analogia, mas também uma aposta na verdade, não como uma verdade absoluta, mas como fruto da construção de um exercício, que é o exercício da crítica, ou seja, o exercício da dúvida que alimenta uma ação! Essa crítica cega, mal amolada, que está por aí, que rasga a carne sem cortar... Ela não nos levará pra muito além... ela vai no máximo fazer o prisioneiro achar que não tem como não ficar tudo cinza, ou talvez convencer a galera de que o cinza tem lá seu colorido... E aí é que eu imploro: PELO AMOR DE DEUS, aquele de Espinosa, não se esqueçam da vida real, do que estão sofrendo na pele, não se esqueçam de quantas vezes a vida nos faz ter vontades de chorar, ou pior, quantas mais não nos congela o choro, como se não fôssemos mais humanos, e não sofrêssemos mais diante dessa situação ridícula em que vivemos hoje! É como se a humanidade não estivesse já na barbárie! Pelo amor de Deus, aquele de Espinosa, não se esqueçam disso, de que estamos na Barbárie, e de que a saída pra isso é o socialismo!

Se você tem dúvida se é o socialismo, pra mim tudo bem, só é preciso concordarmos em uma coisa pra seguirmos daqui: Que do jeito que tá não dá, e que é preciso sim fazer a declaração verbal de guerra ao Capital! Capital, somos o Trabalho, estamos em guerra com você, e estamos lutando juntas e juntos, militantes da Classe-que-vive-do-trabalho, para te destruir! Somos a morte do capital! Se isso nos une, sigamos! Se isso não nos une, sugiro que nem leia mais meu blog, vai lá pros braços de teu amado Capital, e continua lutando pras coisas ficarem como estão!

Eu só aviso que estamos acordando! Somos um perigo pesado, virulento e devastador! Somos um trem desgovernado, ou seja, um trem que não está mais afim de ser governado por esse maquinista Capital que está aí!


Nós somos a geração que Espinosa me falou que Deus escolheu para reviver a vontade de lutar que vigorou em outras épocas, mas dessa vez num terreno pronto pra pegar um fogo eterno! Só ouvir Rosa falar que quem não se movimenta, quem fica no conforto do lar e morre de medo do som das ruas, não sente a presença das correntes que nos estão impedindo de seguir, livres, que nos prendem às cinzas prisões e às "coloridas" flores de plástico... E ela também clamou que lutássemos por uma sociedade em que sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres... Sim! TOTALMENTE Livres!


Acordar faz de nós um perigo efetivo! E já deu a hora de acordar, despertador já tá berrando! Vamo lá?

beijinhos de maracujá!

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