Arma sentimental de um psicólogo comunista e compositor popular. À luta prazerosa, e ao prazer lutador!
terça-feira, 4 de novembro de 2014
Sobre esses assuntos de amor livre e a questão do descuido
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Sobre a polêmica questão da intolerância religiosa (ou "pequena contribuição sobre a laicidade - parte I")!
domingo, 15 de junho de 2014
O Método da Demolição
(Do livro de poesias
"
Análise
Científica
Acerca da
Poesia
Através do
Método da
Demolição
", que estou escrevendo
).
Eu não conheci
(Ao menos nesta encarnação)
Método mais cruel
Do que o da demolição.
Fora alguns problemas
(A poeira levantada,
A paisagem destruída,
A manada desolada),
É o que apresenta
A maior precisão,
Pois faz emergir a verdade
Dos restos caídos no chão.
Não pode haver nesse mundo
Método mais adequado
Pra objetos que, unânimes,
Se tornam velados.
Tornam-se tão intocáveis,
Tão acima do chão,
Que pedem desvelamento
Via método da demolição.
Como eu amo a ciência,
Prosaica e necessária!
Ela nos dá decência,
Faz jus a quem bem pensa,
Cuida da nossa paciência,
Empodera a consciência
E se mostra dona da área.
E é por amor à ciência,
Compromisso com a verdade,
Que escrevo este tratado
(Não ha nada de vaidade!)!
E pra objetos inflados,
Tão assim, disseminados
No seio da população,
É que apresento esta arma
Que, do senso comum, é karma:
O método da demolição!
beijinhos de maracujá
segunda-feira, 12 de maio de 2014
Para a monografia: pessoas e grupos revolucionários devem tentar disputar os rumos das políticas sociais no sistema do capital? (ou Sobre o modo de lidar com a democracia burguesa sem sofrer cooptação)
Pretendo fazer uma pequena digressão em bainstorm sobre um problema que tem me atormentado, e sobre alguns problemas afins. Meu problema principal aqui neste texto é se convém ou não a revolucionários querer tomar os rumos das políticas sociais, é um problema bem geral, como podem ver!
quarta-feira, 23 de abril de 2014
Poema de um feriado
Se o amor
É brincar
Tão sério,
Nosso amor
É puro
Mistério...
A pergunta
Que não quer
Calar:
Por que o amor
Nos escolheu
Pra seu lugar?
beijinhos de maracujá!
terça-feira, 22 de abril de 2014
Sete apontamentos para a construção de uma sociedade democrática
1 - Cada pessoa deve ter poder de gestão sobre a sua própria vida e sobre todas as esferas determinantes de sua vida, desde sua própria vida e casa até toda a espécie humana e todo o planeta Terra, passando por sua vizinhança, sua quadra, sua rua, seu bairro, seu município, sua escola ou faculdade, seu local de trabalho, a unidade de saúde de seu bairro, as escolas do bairro onde mora, os demais serviços públicos de que faz uso, seu estado, seu país, seu continente, o sistema de transporte da cidade e região onde mora. Tudo o que é voltado para o atendimento de interesses coletivos, ou que a população decidir que deve se voltar a tais interesses, deve ser submetido ao poder deliberatório de todas as pessoas do planeta;
sábado, 19 de abril de 2014
O que leva alguns estudantes a virarem capachos da reitoria? (parte I)
Acontece que a greve tem dois níveis de luta e conquista: um nacional e outro na UFES. A nível nacional, a presidência, os ministérios do planejamento e da educação são os patrões, a nível de UFES o patrão é a reitoria. E a reitoria pode abrir um caminho de negociação (o que apressa a resolução do impasse da greve) ou não abrir diálogo. Pior do que isso, Reinaldo Centoducatte escolheu o caminho de enfrentamento indireto à greve. Como ele está fazendo isso?
Por um lado ele se recusa a negociar, tratando trabalhadores como lixo, e por outro ele utiliza como instrumentos de enfraquecimento da greve uma parte do DCE. Ou melhor, duas partes. As chapas Conecta e F5 estão ambas sentadas no colo de Reinaldinho, brigando entre si pra ver quem é mais oportunista (vou explicar esse OPORTUNISMO, calma!), e a reitoria está muito feliz com isso, afinal, Deus dá a cada ser humano duas pernas, tem uma pra cada chapa oportunista sentar. Os interesses da reitoria são CAMUFLADOS de interesses dos estudantes, e aí essas chapas fazem alvoroço se proclamando REPRESENTANTES DOS INTERESSES ESTUDANTIS. A minha tese é de que essas chapas NÃO REPRESENTAM os interesses estudantis, muito pelo contrário, elas estão defendendo o sistema, os interesses da reitoria, contrários aos interesses de TRANSFORMAÇÃO DA UNIVERSIDADE, buscando a qualidade e a democracia, ou seja, contrário aos interesses dos servidores (técnicos e professores) e dos estudantes.
O fato de os dirigentes dessas duas chapas mentirem, dentro das suas chapas, que são reitoristas, é uma prova desse oportunismo. O interesse é a próxima eleição. O RU é uma pauta de campanha. O objetivo deles é causar sensacionalismo e apelar para a fome dos estudantes, enfraquecendo a greve, e com isso ganhando mais apreço da reitoria. Se fortalecem politicamente aumentando o número de cargos no DCE e também se fortalecem politicamente aumentando a relação de aliança com quem manda na UFES (a reitoria).
Um grupo de estudantes com fome, querendo resolver a falta de comida durante a greve, puxou uma assembléia para debater a questão do restaurante universitário. Uma questão deve ser debatida em seu contexto, nesse caso, a universidade e a greve. A universidade não qual fica o restaurante em questão e a greve que parou o restaurante em questão. As pessoas dessas chapas oportunistas compraram a ideia de que o RU deveria ser discutido isoladamente do seu contexto, ao invés de ajudar o debate da assembleia a desvelar a verdadeira problemática do RU, que resolvesse os problemas dos estudantes, dos servidores, dos professores, da universidade, dos terceirizados que trabalham no RU, e da sociedade brasileira, que é em grande medida vitimizada com a precarização da universidade pública. Por que eles compraram essa ideia de que o RU deveria ser discutido desprezando o contexto. Primeiro porque queriam acusar a chapa cujos integrantes propuseram a contextualização, e transferir para os estudantes desinformados da realidade do DCE um ódio a essa chapa. O objetivo são as próximas eleições. Em segundo lugar porque sabiam que a reflexão sobre o contexto da universidade poderia convencer democraticamente no debate a maioria dos estudantes da tese que eu também defendo: A TESE DE QUE A FOME DOS ESTUDANTES DEVE SER TRATADA COMO CULPA DA REITORIA, E QUE DEVEMOS COBRAR URGENTE A RESOLUÇÃO DESTE E DE OUTROS PROBLEMAS.
Não tem ninguém neutro em relação à reitoria, nem ao governo, porque são órgãos que atingem diretamente nossas vidas. Ou estamos contra ou a favor. Os que dizem que não estão nem contra, nem a favor, estão na verdade a favor, e querem esconder isso de você. Quero chamar à reflexão sobre isso, porque diferenças políticas se resolvem no fraterno debate, mas oportunismo se resolve com denúncia.
Se você é estudante da UFES, não precisa concordar comigo, nem discordar de mim, mas leve esse debate para o seu curso e para o seu Centro ou Diretório Acadêmico. Quero provocar o debate coletivo sobre esse assunto, porque oportunistas só conseguem convencer as pessoas quando o debate democrático está vetado. Comparando as várias versões da história, a verdadeira versão sempre aparece!
No próximo texto responderei diretamente à pergunta que dá título a essa série de textos. Vou terminar esse texto começando a responder essa complexa pergunta. O texto acima serviu para dar elementos básicos para uma resposta qualificada e dialógica dessa pergunta.
Eu parto do pressuposto que se um estudante luta contra os interesses dos estudantes, é porque ele tem outros interesses que para ele são colocados como interesses maiores. Estudantes defendendo o RU aberto como forma de assistência estudantil, e ignorando que muitos estudantes recebem migalhas da assistência estudantil porque a reitoria DESVIA NA TRAMÓIA metade das verbas da assistência estudantil para o RU, porque RU elege reitor, define publicidade política de pessoas que podem subir no organograma de cargos da UFES.
É exatamente essa a questão. Uma pessoa foge aos interesses dos estudantes quando visa a subir de nível nas relações de poder da universidade. É o Movimento Estudantil como escada, é um uso oportunista do movimento estudantil. Mas a resposta a esse tipo de prática oportunista deve ser o movimento estudantil autônomo, que luta para que os estudantes tenham mais poder na gestão da universidade, luta contra uma universidade antiquada e profundamente hierarquizada, onde o reitor é chamado de magnífico e o estudante espancado por defender direito a vivência na universidade. Onde uns são vândalos quando quebram portão e outros não o são quando quebram barracas, arrancam faixas de sindicatos.
O que leva alguns estudantes a virarem capachos, é o fato de eles acharem que a universidade está boa do jeito que está, então devemos tentar lidar com o modo normal de funcionamento dela, e nos conformar com o cotidiano, lutando apenas contra o que foge às regras. AS PRÓPRIAS REGRAS ESTÃO CONTRA OS ESTUDANTES, e se tudo na UFES está tão mal, o que me espanta é que a gente ainda não tenha parado TODO O RESTO DA UFES!
beijinhos de maracujá!
Primeiro rascunho (resumidíssimo) de roteiro para uma possível monografia!
sexta-feira, 18 de abril de 2014
A máquina de lutas do Movimento Estudantil!
É um mundo tão difícil
de traduzir...
Se nem crisco agradou, por que eu, rampeiro,
invento de querer agradar
o mundo inteiro?
É um mundo tão difícil
de interagir...
Tanta informação,
tanto elemento,
que eu não consigo dar conta
(E ó que eu tento!),
Pra ver se sai legal,
ver qual é a saída,
e despedida...
Eu não sei o que eu sinto,
o que aconteceu,
só tô achando que deve ter algum erro meu...
Eu fico só caçando, caçando,
duma maneira tensa,
voltando às épocas em que meus poemas tinham reticência,
voltando às épocas em que freestile era a minha ciência,
voltando às épocas em que eu era do tipo que fala o que pensa...
Eu tô no rumo que eu tô,
e não é um rumo ruim,
tô na pegada do Sampaio: "ninguém vive por mim,
mas tem uma galera que eu amo,
que tá por aí
enquanto eu sigo meu destino
feito um menino
vadio, felino
(mas às vezes, bem canino,
me oferecendo, sendo
bobo, todo facinho)
faço meu caminho...
Nem parece que eu te amo,
parece que eu morri,
e que uma máquina oca de luta agora vive aqui,
eu não sei se eu quero ser esse cara
que já não faz mais você sorrir...
Eu só tô muito preocupado com um bagulho diferente,
de lutar pra fazer sorrir toda essa gente,
tem muito sangue escorrendo, enquanto eu fico apaixonado,
apaixonado,
apaixonado,
apaixonado,
apaixonado...
beijinhos de maracujá!
quarta-feira, 16 de abril de 2014
Um poema incompleto!
Hoje eu não quero fila
Nem transcol lotado
Não quero dívidas,
E nem ser vitimado...
Hoje eu não tô disposto
A fazer nada ou fazer tudo
Tô cansado de falar
E de ser mudo
Eu quero pescoço
Colado no pescoço
Porque pele de pescoço
Adora pele de pescoço
Eu quero abraço apertado,
Eu quero beijo insurgente
Eu quero dente cravado
Na carne quente!
beijinhos de maracujá!