(Do livro de poesias
"
Análise
Científica
Acerca da
Poesia
Através do
Método da
Demolição
", que estou escrevendo
).
Eu não conheci
(Ao menos nesta encarnação)
Método mais cruel
Do que o da demolição.
Fora alguns problemas
(A poeira levantada,
A paisagem destruída,
A manada desolada),
É o que apresenta
A maior precisão,
Pois faz emergir a verdade
Dos restos caídos no chão.
Não pode haver nesse mundo
Método mais adequado
Pra objetos que, unânimes,
Se tornam velados.
Tornam-se tão intocáveis,
Tão acima do chão,
Que pedem desvelamento
Via método da demolição.
Como eu amo a ciência,
Prosaica e necessária!
Ela nos dá decência,
Faz jus a quem bem pensa,
Cuida da nossa paciência,
Empodera a consciência
E se mostra dona da área.
E é por amor à ciência,
Compromisso com a verdade,
Que escrevo este tratado
(Não ha nada de vaidade!)!
E pra objetos inflados,
Tão assim, disseminados
No seio da população,
É que apresento esta arma
Que, do senso comum, é karma:
O método da demolição!
beijinhos de maracujá
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