domingo, 8 de janeiro de 2017

Elisiário na mata!



Dizem que ele tá lá,
Até hoje ele tá lá,
Vivendo nas matas do morrão,
Esperando um bonde bom,
Cheio de disposição,
Pra ir pros polo industrial
Armado de facão
Obrigar a burguesia
A assinar a carta de alforria
De toda a população...

Elisiário fugiu,
E até hoje, ainda esta lá,
Conspirando insurreição,
Organizando a população
Pra se libertar...

Lá da mata do Mestre Álvaro,
Duma vista surreal,
Se preparando pro dia
Em que a gente, em alegria
Vai tocar fogo na capital...

Vitória na vila nova,
É derrota do povo oprimido
Que venceu na Vila Velha,
Que não se rendeu à guerra
E nunca teria se rendido,
Vitória sobre tapuias,
Vitória sobre insurreições...
Mas há um grito calado
Que o espírito de Queimado
Arde em nossos corações...

E nosso quilombo aldeia,
Nossa comuna radical,
Com Elisiário da mata,
Se prepara pra hora exata
De tocar fogo no capital...


beijinhos de maracujá!